PASSAGEM
Morreu no carro
Correndo na rua
Morreu no peso
De quem não disse nada
E tudo já havia morrido
Em um outro tempo
Sentido
Mas ninguém noticia o fato
Falam só do inverno
Que chega
E da largada da competição
Enquanto aos poucos morre
O que mais valia
Uma linha tênue vaga pelas casas
Matando os primogênitos
Naquela rua crianças brincavam
Mas a linha chegou e matou a inocência
Os brinquedos viraram armas
A angústia foi revelada
E tudo morreu
Como verão depois do comercial