Rasuras
Busca de cores que amofinam, por um
Olhar de S.O.S laio esquizofrênico, um
por um não é par, para todos os efeitos,
Vamos afinar ainda, não se preocupe,
A escrita de Clarice é lúcida nessas bases da loucura,
Nenhum texto já foi preto e branco,
Somente a angústia de ler, que passa a cada página lida,
Tornando a próxima mais aguda, Se tirarmos a gravidade, tudo vira Literatura
Não tem jeito, o verso vasa e nas estrofes não cabem
Chama a NASA, que chamem o Nazareno
Versos tão nasais assim é pecúlio
Uma necessidade de tirar dúvidas sem consultar a Cônsul consciência,
Avanços e recuos de acento, sem acertar a rima,
A poesia sempre foi estridente, no exercício de contê-la,
Contartes, falta ou está fora do lugar e nos esfola,
Na surdina do canto da boca,
Não existe hora mais exata que a hora h
E literalidade maior que livro sem capa,
Rasgados estamos cada um
Não deixe de rasuras