O cais
Adiante vê-se o cais
No lúgubre silêncio do vazio
Tão só a noite, moldura do mar
E o céu estrelado, bússola dos navegantes
O ruir das madeiras estala
Tocadas pela ânsia das águas
Quantos barcos se foram
Cortando as ondas pujantes
Levando consigo amores
Deixando no cais a saudade
Embarcadouro das despedidas
No decorrer das idas e vindas
Adiante vê-se o cais
Da imensidão, cenário pitoresco
Dos difíceis pontos finais
Aos beijos de recomeço
E logo o cais não se vê, ficou noutro instante
Tão só, do horizonte, a linha
[Refúgio dos viajantes]