Amarelo

Fechemos os olhos

ao silêncio natural

De fundo

Atrás de cada palavra

um vão

onde ainda não abriu

o grão

O galho que escapa

do caule

sob o vento, sem vergonha

nos aplaude

Em cadência

A folha que demora

na queda

infinita

forra o chão de amarelo

O infinito é amarelo