Dias frios
No cais do meu vento,
Onde morriam as tuas mãos,
Nas curvas acentuadas do meu corpo,
Onde colidiam as emoções,
Trepidavam os medos,
Quando estes ouviam gemidos,
Assombrando os fantasmas da alma,
Nos lençóis daquela cama,
Onde juramos eternidades,
Dos desejos paridos em nós,
Na cumplicidade dos actos,
Das idas e vindas,
Das substrações dos adereços,
Hoje sei, a saudade tem preço...
Quantas vontades divididas,
Na adição de cada membros,
Multiplicavam-se os corpos,
E hoje ruminam no tempo as lembranças,
Jazem no meu ventre as contracções por ti,
Somente restam ausências,
A paixão esgota-se ao fim,
A ilusão apoderou-se de mim,
Mas, nem sempre foi assim...
(M&M)