Isabela Carvalheiro
Era noite.
Uma goteira escuto.
Já me vem aquele palpite.
Está tudo escuro.
Até os olhos me cubro.
Um instinto fala por mim.
Que esse foi um estopim.
Perto ele estava.
Mentia para mim mesma, que ansiava.
Se sentir livre dos olhos.
Deixar de ser perseguida.
E seguir a vida.
Enquanto mandava oq houvesse ali ao quinto dos infernos.
*Ring ring*
Aquele que marcava duas e onze.
Um barulho irritante faz.
Me levanto em um deslize.
Ele para o armário volta sagaz.
Outra noite, outra goteira.
Já me cansei desta zoeira.
Em outra noite com um medo arrebatador.
Espero o meu espreitador.