À beira-mar
À beira-mar
Quanta ternura nos olhos infindos de uma criança
Que guarda sonhos lindos num veleiro de esperança
Entrega ao mar numa candura e pureza convicta
Às ondas do mundo numa delicadeza bendita
Olhos pueris com a inocência da suave maresia
De brilhos infantis com a luz da liberdade e magia
Um sorriso aberto de quem sempre com o coração acredita
Num deserto longínquo de uma linha estendida bonita
Tudo é vago mas bem visto de perto o fulgor é radiante
Contagia o pensamento de um incerto amor distante
Faz sentir a ondulação que me leva lentamente o olhar
Talvez também me leve docemente onde quero chegar
E o vento brinca assim do nada com os sonhos em murmúrios aos ouvidos
Para que eu te sinta na brisa calada dos beijos soltos despidos
Luísa Rafael
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Porto, Portugal