À beira-mar

À beira-mar

Quanta ternura nos olhos infindos de uma criança

Que guarda sonhos lindos num veleiro de esperança

Entrega ao mar numa candura e pureza convicta

Às ondas do mundo numa delicadeza bendita

Olhos pueris com a inocência da suave maresia

De brilhos infantis com a luz da liberdade e magia

Um sorriso aberto de quem sempre com o coração acredita

Num deserto longínquo de uma linha estendida bonita

Tudo é vago mas bem visto de perto o fulgor é radiante

Contagia o pensamento de um incerto amor distante

Faz sentir a ondulação que me leva lentamente o olhar

Talvez também me leve docemente onde quero chegar

E o vento brinca assim do nada com os sonhos em murmúrios aos ouvidos

Para que eu te sinta na brisa calada dos beijos soltos despidos

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 17/06/2023
Código do texto: T7815683
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