Amanhã
Amanhã
Amanhã vestirei as roupas tranparentes do vento
Loucas, quentes e incolores em pleno movimento
Abrirei um sorriso de sol de luz dourada
À medida que acordo na leito da alvorada
Amanhã serei o jardim encantado das flores
Por onde caminho nas veredas lentas dos amores
Adorarei o céu azul onde descanso em oração
Em rasgos de sedas e nuvens de algodão
Amanhã visitarei o meu castelo da fantasia
Adormecido nos sonhos que evoco de dia
Tocarei as estrelas com os olhos da noite sonolenta
Com a polpa dedos que a solidão alimenta
Amanhã terei as asas das aves que me elevam
Em voos de liberdades onde as vidas me esperam
Deixarei soltas as linhas do cabelo lisas e serenas
Para que te deites nelas e escrevas poemas
Luísa Rafael
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Porto, Portugal