Amanhã

Amanhã

Amanhã vestirei as roupas tranparentes do vento

Loucas, quentes e incolores em pleno movimento

Abrirei um sorriso de sol de luz dourada

À medida que acordo na leito da alvorada

Amanhã serei o jardim encantado das flores

Por onde caminho nas veredas lentas dos amores

Adorarei o céu azul onde descanso em oração

Em rasgos de sedas e nuvens de algodão

Amanhã visitarei o meu castelo da fantasia

Adormecido nos sonhos que evoco de dia

Tocarei as estrelas com os olhos da noite sonolenta

Com a polpa dedos que a solidão alimenta

Amanhã terei as asas das aves que me elevam

Em voos de liberdades onde as vidas me esperam

Deixarei soltas as linhas do cabelo lisas e serenas

Para que te deites nelas e escrevas poemas

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 17/06/2023
Código do texto: T7815680
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