Um cálculo
Na solidão da noite, a dor se faz presente,
Um cálculo renal, um incômodo constante.
No peito aperta, o corpo se curva,
E a angústia invade, cada fibra que se turva.
É uma dor aguda, cortante e profunda,
Que me consome, como uma ferida fecunda.
Em meio às lágrimas que brotam sem cessar,
Busco forças para suportar, para respirar.
O tempo parece lento, eterno em seu caminhar,
Enquanto a dor persiste, sem trégua, a me atormentar.
Sinto-me frágil, vulnerável e desamparado,
Nessa batalha íntima, onde o corpo é castigado.
Mas mesmo na escuridão desse tormento,
Há uma chama acesa, um alento.
A esperança que se renova a cada dia,
Que me fortalece e me guia.
Pois sei que essa dor, por mais intensa que seja,
Não é eterna, nem será minha peleja.
Enfrentarei cada momento com coragem e perseverança,
E um dia, enfim, alcançarei a bonança.
E quando a dor se dissipar, eu sei,
Apreciarei cada instante com um novo olhar.
A vida, tão bela e preciosa, se revelará,
E a gratidão no peito, enfim, florescerá.
Então, hoje enfrento a dor, mas não me entrego,
Pois sei que sou mais forte do que meu apego.
E, com fé no coração, seguirei adiante,
Com a certeza de que a cura virá radiante