Palavras
Tão rude é o poema para os olhos
Um mapa que se pensa original
Mas a monotonia é seu normal
A luz que há por trás da tinta preta
Um misto de memória e invenção
O que há além dos montes dessas letras
Nos vale, isto sim, a comunhão
O abraço, o entregar-se a um poema
O eflúvio mais profundo deste plano
Se dá, por esta forma, na linguagem
Então, acato e vivo este dilema
Enquanto a palavra nao for coisa
Enquanto minha palavra for miragem