Palavras

Tão rude é o poema para os olhos

Um mapa que se pensa original

Mas a monotonia é seu normal

A luz que há por trás da tinta preta

Um misto de memória e invenção

O que há além dos montes dessas letras

Nos vale, isto sim, a comunhão

O abraço, o entregar-se a um poema

O eflúvio mais profundo deste plano

Se dá, por esta forma, na linguagem

Então, acato e vivo este dilema

Enquanto a palavra nao for coisa

Enquanto minha palavra for miragem

David Ariru
Enviado por David Ariru em 11/06/2023
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