DIVA

 

 

Aquela mulher que passa

é feita da areia de várias épocas.

 

Tem o doce olhar vagante

das primogênitas do velho Egito.

 

Seu caminhar determinado

é o de passos que conquistaram mundos.

 

Seus gestos simplificados

dissolvem-se como pétalas em cor.

 

Sua voz pressentida é como

o som eólico da harpa.

 

Um elo entre a realidade luminosa

e a fantasia inesgotável do poeta.

 

Assim é a mulher que passa!

Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 10/06/2023
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