POEMA CONTRA A PREPOTÊNCIA

Entre as palavras que me foram dadas,

Nas entrelinhas, opiniões firmadas,

Eu encontro uma história, um tom profundo,

Que revela convicções do mundo.

Me desculpe, Dr. Conservador, mas veja bem,

Em cinquenta anos, aprendi também,

Que relações com reacionários não florescem,

Com amantes da censura, elas perecem.

Não é ridículo buscar afinidade,

Amizade com quem pensa em sintonia,

Com carinho, dedicação e atenção,

Mas quem abraça o abjeto, vira mero conhecido então.

Por fim, deixo claro e sem rodeios,

Aplaudir atos prepotentes não me vejo,

Do presidente da CMU, respaldados pela Prefeita,

Atos que ferem a cultura, numa postura estreita.

Conservadorismo preconceituoso não tem espaço,

Em meu mundo de valores, não há laço,

Com aqueles que não compartilham a visão,

De respeito, diversidade e inclusão.

Por Adriano Espíndola Cavalheiro, em 09.06.2023 (Este poema fiz para responder um colega advogado, no qual destaco minha repulsa a ato arbitrário do presidente da Câmara Municipal de Uberaba, respaldado pela atual Prefeita do Município, contra exposição de arte na Fundação Cultura, onde haviam fotos não sexualizadas, de pessoas nuas.