DESÃNIMO
Na estrada poeirenta
onde eu caminho atenta,
os dias são todos iguais.
Até aí nada demais,
pois estou acostumada,
aliás desanimada
de plantar sem ver o fruto
despontar, buscando ar.
Eis que murcha inconsequente,
de um modo bem abrupto...
Nada brota da semente.
Não sei mais o que eu faço,
titubeio no meu passo,
mal enxergo o horizonte.
Já curvei a minha fronte
completamente abatida,
eu perdi esta partida.
Sinto o cheiro da derrota,
batendo à minha porta.