A borboleta branca
A borboleta branca
Fecho os olhos da introspecção à luz do dia
Como se fossem janelas de solidão em afago que acaricia
Sinto o silêncio que procuro e me trespassa o coração
Como uma seta no escuro que me abraça de ilusão
Apenas farfalha em mim uma borboleta vinda dos céus
Como se eu fosse flor no jardim dos encantos meus
Ela é linda em tons brancos de uma pureza infinda
Talvez um eco da natureza que vendo triste me brinda
É sempre assim quando a minha alma chora e verseja
Vem num vento brando e se demora na face onde me beija
Ela volteja como se sacudisse a poeira da saudade
Dá um brilho à minha beira na atmosfera em liberdade
Talvez seja uma visita serena que Deus com carinho me deu
A inspiração de um poema com um pedacinho de céu!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal