DECADÊNCIA INFINITA
Quase me lembro
do futuro da humanidade,
de nossas ilusões de progresso
e felicidade,
acumuladas entre as ruínas
das gerações.
Quase me comovo e anoiteço
caído à sombra de um rosto,
adivinhando quem já fui um dia.
O tempo será sempre o senhor dos enigmas,
feroz inimigo do poder e da glória,
e a alma de nossa decadência infinita,
ditada por alguma racionalidade autoritária e fria.