Aos picos

Aos quatorze

dou de cara com o muro

Ainda estou seguro,

camuflado na floresta cinza.

Amanhã,

mais um na impressão de tinta ?

Quem cuida da minha vida ?

Que já não é mais minha

Doce primeira vez

inocente, carente,

Domina a mente, que não mente

é sede, é querer, estar é dançar.

Na letal coreografia do viver

Nem fui criança e já me pus morrer

Apelo,

Se pudesse mudar,

Ou só voltar.

Escutar David Bowen

Até estourar, tímpanos

Vidros, paredes e torniquetes

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 07/06/2023
Reeditado em 07/06/2023
Código do texto: T7807514
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