A Queda do Humano

Risos histéricos ressoam rudimentares

No palco etéreo desta psique perturbada

Late o Cão Andaluz as 3 da madrugada

Os anjos olham e suspiram pelos pesares.

Durmo nas sombras, mas não é eterno.

O beijo de Thoth me arrasta para claridade.

É tão claro. Dói de tão clara a realidade

Tão clara quanto as chamas do inferno.

Ouço uma voz, mas ninguém está.

Procuro, confuso, uma explicação.

Mas toda busca é sempre em vão,

Não falta aqui nada que haja lá.

De louco fui chamado por ser ao contrario

Se estar louco é pensar na contramão

O que define a loucura é a percepção

E tal limite humano é totalmente arbitrário.

Não, sou apenas um pensador triste

Que pensa demais no sentido do mundo

A setecentos devaneios por segundo,

Refletindo sobre tudo que existe.

Mas não me preocupo mais com o além.

A única certeza que temos para nos sustentar

É que só nos mesmos podemos nos salvar

E mais nada o poderia, nem ninguém.

Somos senhores solitários de nós mesmos, e está tudo bem.

Ariel Alves
Enviado por Ariel Alves em 06/06/2023
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