#lucindanelremar AO MEU VENTO VENTANIA
Deixa-me sonhar
eu repito ao Vento
o Vento Ventania que me leva
e me traz ao seu bel prazer...
Deixa-me sonhar
eu quero saber se o Vento
faz a curva ou a curva está
no Vento que se desloca na
rua por onde ando e quase
alcanço quando me vejo só
entre estradas de solitários
que desejam sonhar...
Deixa-me sonhar, repito
ao Vento, que me faz companhia
e me vejo olhando as folhas
das árvores me dizendo que elas
estão me dando recados que eu
nem entendo...
Vento, Vento que me enlouquece
me faz sentir pequenina
nas águas que regam meu jardim,
a dança da água me intriga
Mas, me pergunto: o que tem a água saindo
da mangueira ou de um regador com o Vento?
Aí me pego sorrindo, que boba eu sou!
O Vento está ali, sorrateiro,
brincando com nossos olhos,
é ele que faz a água dançar...
Vento, Vento que queres de mim?
Deixa-me sonhar...
Ainda posso meu amigo?
O Vento não me fala
e eu fico só a imaginar
ele brincalhão,
se esconde mas ele há de se mostrar
nas folhas que balançam, nos cabelos
que se movimentam ou mesmo na água
da chuva que também dança, rodopia...
Eu quero e preciso sonhar
Sonhar com o rosto bel do Vento Ventania
que há de aparecer, se rosto ele tiver
Mas esse vento que é brisa, que me acaricia,
é um mágico qualquer
Por isso eu peço mais uma vez:
Deixa-me sonhar!
(05/06/2015)
Raimunda Lucinda Martins / Raio de Luz