SEMPRE FRIO

SEMPRE FRIO

O frio diário do ficar,

Possui uma escuridão,

Semelhante às cinzas de um desaparecimento,

Que teima em insistir intacto.

O silêncio dos ruídos incômodos,

Movimenta as inércias desconfortáveis.

O inconsciente sente,

A falta do esquecimento,

Que persiste em ser lembrança.

O abraço do não,

Aceita as definições,

Indefinidas das questões definitivas.

A ausência rasga,

A individualidade coletiva,

Do presente já passado.

O amor ao sempre,

Não considera os privilégios do nunca.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 05/06/2023
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