SEMPRE FRIO
SEMPRE FRIO
O frio diário do ficar,
Possui uma escuridão,
Semelhante às cinzas de um desaparecimento,
Que teima em insistir intacto.
O silêncio dos ruídos incômodos,
Movimenta as inércias desconfortáveis.
O inconsciente sente,
A falta do esquecimento,
Que persiste em ser lembrança.
O abraço do não,
Aceita as definições,
Indefinidas das questões definitivas.
A ausência rasga,
A individualidade coletiva,
Do presente já passado.
O amor ao sempre,
Não considera os privilégios do nunca.
Sofia Meireles.