Fim da alcova
De frente, os rostos
Em misto de mosto
E desgosto
Pelas costas
Botas opostas
Aguardam as apostas
Aos lados,
Olhos velados
Calados ou vendados
E no centro,
Interno encontro
De luta e luto, por dentro
A mente possuída
Vai sendo diminuída
Existirá saída?
Talvez
Seja a vez
De esconder a altivez
Perder o poder
E, se puder,
Não se prender
Então, a cura
Da figura obscura,
Agora alva e pura
O fim da alcova
É a prova
Recebida como trova.