Oração aos espíritos da liberdade
I
Chamas abrasam a cidade da alma.
Extensos corredores infernais.
Atmosfera sufoca, graças ao ódio.
Sombras nos prédios, lodo de tristeza.
II
Oh, dá-me a força bendita!
Ah, proteja a luz desta alma.
III
Desejos de assassínio dilaceram.
Trevas densas perfuram ossos, carne.
Sorri uma malícia demoníaca.
O árido deserto asfixia.
IV
Oh, dá-me a força bendita!
Ah, proteja a luz desta alma.
V
Voam músicas de um ser ambivalente,
Acalmam o mar cáustico da besta
Falam à criança que habita o cerne,
E reacende o guerreiro do exterior…
O corajoso andarilho sóbrio.
VI
Ah, brilho com a tua força!
Oh, ando revestido em teu vigor.