Baú de Proteção
saio do meu baú, entreaberto,
escapulo numa espreita ao arredor,
havia me encubado por grande desamor.
minhas vestes são antigas,
levantam poeira e amarguras,
acompanham-me lindas borboletas.
tenho a me esperar um árido deserto,
enfrentá-lo-ei com brandura e bravura,
não posso ficar entocada uma vida inteira.
silêncio, solidão no panorâmico,
sobreviverei ao tão insensível deserto
do ambiente solitário atual ainda endêmico.
minha garra rubra é maior,
hei de vencer! Afirmo com determinação,
nada como a Ternura no coração em profusão.