Algures
Não há essência que coube no tempo,
Na intenta demonstração do silêncio,
Onde amalgamavam vontades,
Maldizem as saudades,
Mal(ditas) por bocas distantes,
No vazio cantante,
Do minuto oco que te viu partir,
Rasgaram-se nas vertentes da íris,
Bramidos próximos da alma
Fazendo surgir o arco-íris,
Para não te ferires,
Mas já era supostamente tarde,
Já haviam alaridos,
Já eu tinha perdido os sentidos,
E sentindo todas as dores,
Iguais a do ventre,
Quando na ausência te tinha parido...
Por uma paixão desconhecida,
Que deu voz aquele coração,
Calçado de pedras,
Na muralha da solidão,
Na presente presença da alvorada,
Onde amar-te não (te) leva fora
Da órbita estrelar (...)
(M&M)