Um dia desse no bar.
Cheguei depois de todos, e sozinho.
Saramago que bebeu cerveja quente,
Falava do homem duplicado no canto do bar.
Enquanto os outros
Não paravam de perguntar por você.
Leminski comentou uma lembrança de relance,
Até Sabino que nem te conhece, perguntou.
Nelson, Pessoa e Clarice comentaram que acompanham seus versos.
E se eu não interrompesse,
Sabe-se lá o que diriam os outros.
Ouço em meio a música do bar, caneta rabiscando.
Era Bukowski esboçando algo,
E quando terminou, me entregou o guardanapo
Quando abri, sorri de sua brincadeira:
"Te escrevo muito"