Os mortos não têm lar

Homenagem à lindíssima música The ghost has no home, parceria de Cocteau Twins e Harold Budd

Queria eu que o paraíso apenas se ouvisse

Se existisse

Seria a música da eternidade

Linda e tão triste

Como um amanhecer solitário

Como olhar as estrelas de uma noite silenciosa

Onde os mortos não têm lar

Se vagueiam pelos pensamentos

Pelos sentimentos dos vivos

Que se lembram de suas histórias

Se descansam em cemitérios como símbolos

E nas fotos dos álbuns antigos

Se há uma música da eternidade, para os que (ainda) contam os dias e as horas, cada palavra é saudade

Que se repete, sem cantarmos, como um hino distante

Da nação mais nossa que é a alma

De um sol que sempre nasce no horizonte

E quando nos despedimos

Nossa esperança mais dolorosa e cara

Em que a vida não é apenas um breve destino

Que vai muito além das galáxias