DELIRANTE

 

Desvaneço-me em símbolos pesados.

Deslumbro-me nas frutas maduras.

Desgarro-me na cavalgada do vento.

     Deixo-me ir em fluxos,

     Ininterruptas correntes magnéticas,

     Indistintas camadas de magma.

          No momento nada sei de mim.

          Sou no instante, apenas a brisa

          Que vagueia sem âncora.

 

 

 

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Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 30/05/2023
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