O propósito
Quero ser seu agasalho
O acento de sua oxítona
A resposta para suas perguntas
O óleo para suas juntas.
De sua horta o espantalho
De sua boca a saliva
De sua fome a comida
Para o seu descanso a rede
Não ser apenas um lanche
Mas sim o banquete.
Para seus pés o chão
Para a sua imaginação a fonte.
Não mais uma distração
Mas sim a decisão
Não mais um sumário
Mas sim a conclusão.
Não mais uma pausa
E sim sequência
Não mais um parágrafo
E sim um discurso.
Para seus ouvidos a música
Para suas asas o vento
Para seus sonhos o impulso
Para seus desejos a fada madrinha
Diga que eu faço
Protagonista e nessa história sem mais vírgulas
E ser não mais uma palavra
E sim uma redação
Não mais um brinquedo
E sim um parque
Não ser desculpa
Mas sim o propósito
Sempre, óbvio!