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Nas ruas andamos todos os solitários cidadãos
da capital estadual;
seres sonados, carentes, empobrecidos
à procura de um nada
atrás de um quê
viciosamente em torno
sempre, sempre, sempre
como relógios de bolso;
girando na eternidade
destas vias cinzas
entr'ônibus metrôcarros;
não corremos, não comemos, não vivemos
apenas nos mexemos
e,
de vez em quando,
choramos.