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Nas ruas andamos todos os solitários cidadãos

da capital estadual;

seres sonados, carentes, empobrecidos

à procura de um nada

atrás de um quê

viciosamente em torno

sempre, sempre, sempre

como relógios de bolso;

girando na eternidade

destas vias cinzas

entr'ônibus metrôcarros;

não corremos, não comemos, não vivemos

apenas nos mexemos

e,

de vez em quando,

choramos.

dvorah bee
Enviado por dvorah bee em 17/11/2004
Código do texto: T78