Pedaço de Pano

Contendo um plano

De crescimento.

Difícil foi entender no momento

De sua concepção.

Ela questionou a própria criação.

Viu-se nela, sentindo emoção.

Narcisa, nada precisa,

Deixou de formular a questão:

Ser ou não?!

Inflado de vida,

Um pedaço de pano

Instigou-a por mais de um ano.

Até torna-se, de seus preceptores, o decano.

Salto no escuro,

Vício de adrenalina,

Guiava a menina

Em direção ao futuro

Da artista sudário

Sob o dromedário

A cavalgar pelo deserto.

Aridez do seu espírito

Numa camisa de sentimento

Liberdadora.

Ìcone da invasora da terra cinza,

Trazendo o hálito da vida ao razinza;

Implacando o sorriso

Até nos rostos de maior ciso.

Leveza em traços sobre pano.

Lembro-me do sudário por mais de ano

Sem mesmo conceber seu sentido.

Sérgio Coelho
Enviado por Sérgio Coelho em 28/05/2023
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