A Morte da Rosa

Me perdi de mim

A raiva, o ódio me calaram...

O desamor silenciou minha alma

Fez-se o apagamento de meu ser - quem sou -

Minha identidade se evapora em meio ao pó do ruir do sonho...

Não há mais o que fazer

Não há mais o que dizer

Não há mais espaço e lugar para o amor, para o amar...

Há um sol que conheceu o amor e teve medo de abraçá-lo...

Um determinante - o medo -

que desenhou uma nova história

A história do que não foi

A história do que deu-se a conhecer,

mas foi rejeitado (por medo?

ou por decisão que sabe culpar um sentimento?)...

Não há mais o que fazer...

Não há mais o que mudar...

A história foi escrita, pela enésima vez

pelas mesmas mãos que a repetem

e repetem mais uma, mais duas, sete vezes

e continuam a repetir...

Há uma ferida aberta...

Há uma chaga gangrenando...

O corte não cura. Foi fundo demais!

Indiferença...

Descaso...

Raiva!

Ódio!

Desamor!!!

Como sobreviver a isso?

Um coração que ama

com amor verdadeiro

entrega amor e não dor...

Que lástima!

Que tristeza!

Que dor!!!

Talvez...

tenho pena...

Sim...

Que pena!

Tudo para receber amor

Todo tempo para amar

Mas... alguém mudou a história de dois corações...

Separou as metades que haviam se juntado

ao colocar fogo no que havia de mais precioso em mim:

Eu!!!