Feito novena suja de batom
tantas vezes te roubei dos dias
n’outras te pedia emprestado ao tempo
insolente como um sermão
forrei chão de macio
cobri pele de alegria rara
fiz pensamento de renda
em todas as realidades
tirei a vida da rede
como quem devolve um favor
ficava sonhando
me vestir sem pele
feliz sem dono. calada
só o desejo fazia folia
tantas vezes te carreguei feito zanga
deixava o silêncio mudo
aquecia a manhã cheia de carinho
depois cortejava todos os santos
com os joelhos juntos
pedia… somente pedia
… tomara que Deus
não seja contra