EIS SENÃO QUANDO

Surge, então, uma canção desesperada,

Zênite da página, no azul que oxida

Horizontes e aldeia -- oh, ponte suicida! --

Céu roubado assim, demoras e mais nada

Na sazão dos loucos, na vã sacada

Rebelada contra o belo, na partida

De xadrez sem rei no tabuleiro, a vida

Digna sai de cena ou some, sequestrada.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 25/05/2023
Código do texto: T7797024
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