À ESTRANHA
Avessa a tudo quanto fiz em verso
A estranha é ocaso dum verão submerso,
A quanto fiz de mim desdém exala,
Vulgar para a arte, vil e reles, rala.
Amante desse brilho fátuo em tudo
Que passa em pressa e expressa o vácuo, o mudo
Olhar do abismo atroz que encara e encanta
O eleito, eis a alma anã, eis a giganta...
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