Janela de cima

E o matou naquelas noites

Enquanto na janela ele esperava

Vendo a penumbra, sua melhor companhia

Se aproximando e lhe abraçando de forma tão cruel

E as lágrimas que em seus olhos circundam

Só o levavam a doença que hoje o atormenta

E o silêncio daquelas noites que eram de morte

Se contratava com os minutos que ali ele esperava

A sua carne apodrecida e indefesa se lastimava

E, nos intervalos, enquanto ele ia a cama fechar aqueles malditos olhos

A mente perturbada o incomodava com o que ele assim previa

E, por isso, de forma quase lúcida, ele ia mais uma vez para aquela desgraça de janela.

E, por algum motivo, a sorte dele foi não ter pulado e dado um fim nesse episódio.

Draque Patricio
Enviado por Draque Patricio em 24/05/2023
Reeditado em 24/05/2023
Código do texto: T7796200
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