QUANDO CHOVE
Quando chove, quando chove,
Formiguinha cria asas,
Eu também crio poemas
Quando chove em minha casa.
Quando chove, quando chove,
Se aniquila o fogo, a brasa,
Da seca tão causticante
Que o sertão inteiro arrasa.
Quando chove, quando chove,
A natura nos compraza;
O campo logo enverdece,
O açude logo transvaza.
Quando chove, quando chove,
A esperança se renova;
E o sertanejo, feliz,
Planta a semente na cova.
Quando chove, quando chove,
Tem mais flor, tem mais fruteira,
Sapo canta na lagoa,
E o sabiá na palmeira.
Quando chove, quando chove,
Uma gratidão emana
Do peito do agricultor,
Pela graça soberana.
Parece Mário Quintana,
Mas vou lhe dar a resposta,
Quem compôs este poema
Foi Poeta Antonio Costta!