Por entre as flores
Por entre as flores
Abro os braços ao mundo perfeito que docemente me rodeia
Acolho-o no peito profundo de alma plenamente cheia
Respiro os momentos por onde os meus olhos lentamente dançam
Sinto os sopros dos ventos que por mim passam e descansam
Tudo é assim silencioso e de uma transparente paz
Uma brisa quente num céu tranquilamente azulado lilás
As flores simples do campo enfeitam o meu corpo como vestidos
E se deitam num manto inocente nos seios esculpidos
A vastidão campestre é bela na sua arrastada diversidade
Uma aguarela com a moldura do olhar delineada na sua liberdade
A frescura dos orvalhos liberta uma humidade calorosa
Que me invade com a ternura de uma mão a pele carente sedosa
Há uma suavidade e leveza em cada passo que dou
Sou laço de natureza com a verdade do que sou
Luísa Rafael
Direitos de autor reservados
Porto, Portugal