A história nem sempre se repete
Pai,
Reescrevi minha história,
Como disse que o faria.
Encontrei pedras novas
E retirei-as do meu caminho
À minha maneira,
Inspirada na sua mãe,
Minha amada avó.
Quando não encontrei alento,
Busquei forças
Em minhas entranhas,
Na palavra dada,
Em meu caráter.
Somos sós
Em nossas decisões.
Pai,
Reescrevi minha história.
Sabia que da história nova
Não se pode profetizar
O final.
Nem predizer
Os percalços:
É nova.
Pai,
Reescrevi minha história.
A história não se repete, pois,
Eternamente,
Se decidirmos pela reinvenção.
O carma não é fardo obrigatório.
Minha história,
História de minha avó,
É trilhada agora por minha filha.
Pai,
Reescrevi minha história.
E tenho tanto a agradecer-lhe
Por isto.
Por tanto.
Pelo que hoje sou,
Pelo que fui.
Pela esperança
Que brota sempre
Em meu peito.
Por nossos colóquios.
Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
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