Soneto ao Infante

Escrevas o que de alma sentes

Não pense em acertar de primeira

A gente escreve meio sem eira nem beira

Coisas que vem e vão pela nossa mente

 

Não temas seus monstros rutilantes

Nem os segredos revelados pela pena

Seu soneto é o ator que entra em cena

Primeiro ato de um poeta inda infante

 

Na penumbra vai se despindo o errante

De verso em verso irrompe em campo aberto

Como a paixão que invade os corações amantes

 

E quando vires teu soneto em apogeu

Terás na pena a ferramenta já tão leve

Que até o anjo que te guarda adormeceu

 

 

MARCANTE, Alexandre.

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Alexandre Marcante
Enviado por Alexandre Marcante em 22/05/2023
Reeditado em 31/05/2023
Código do texto: T7794187
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