Soneto ao Infante
Escrevas o que de alma sentes
Não pense em acertar de primeira
A gente escreve meio sem eira nem beira
Coisas que vem e vão pela nossa mente
Não temas seus monstros rutilantes
Nem os segredos revelados pela pena
Seu soneto é o ator que entra em cena
Primeiro ato de um poeta inda infante
Na penumbra vai se despindo o errante
De verso em verso irrompe em campo aberto
Como a paixão que invade os corações amantes
E quando vires teu soneto em apogeu
Terás na pena a ferramenta já tão leve
Que até o anjo que te guarda adormeceu
MARCANTE, Alexandre.
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