CÉU DE ÍCARO

Queria uma janela para o mar

Voar, ver as ondas marejar

Em alto-mar navegar

Em noites de luar!

E da minha janela

A amarinhar com ela

Sonhar nos braços dela

Luar de prata, céu de aquarela!

Queria ser a chuva no deserto

O grão de aveia molhado

Germinando calado

Amores no peito!

E quando florescer

E o deserto enverdecer

Peito arejado a resplandecer

Meandro a chuva no amanhecer!

Queria o sol aquecendo a tez

Transpirando a sensatez

Entregar-me una vez

Com mais solidez!

E assim o centralizo

No deserto mar vitalizo

Peito cheio de amor inciso

Céu de Ícaro, onde imortalizo

Na janela para o mar, o paraíso!

Edbento!

Edbento Silva
Enviado por Edbento Silva em 21/05/2023
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