Eu nasci

Me vendo ali indefeso e calado

Num mundo de luz e trevas

Me falta o ar

E é a primeira vez que mãos alheias me batem para a vida

Eu sou uma máquina

É um espaço de tempo

Um curto espaço de tempo

Que em prantos e gritos ressoa minha voz

Num idioma em que irá se transformar

Em pedidos, reclamações e agradecimentos

Eu sou uma máquina

E nesse colo que me acalenta e me nutri

Vou crescendo e sendo educado

A talvez poder acreditar

Que no fundo no fundo

Eu sou uma máquina

Num trilho de ida sem volta

Sem voltas e sem borracha

Draque Patricio
Enviado por Draque Patricio em 20/05/2023
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