Felicidade Clandestina
Eu havia sentido de novo
Não sei bem dizer o quê
Beira o indizível
Mas, era como se eu quisesse esticar o tempo
Uma sensação de estar onde se deve estar
De não querer estar em outro lugar possível
Uma felicidade clandestina
Carece de viver em silêncio para que ela não escape aos sentidos
Me senti sorrindo, absorta, extasiada e presente
Estava ali
Desejando esticar o tempo
Sabendo não possuir esse poder
Eu vivi
E senti o tempo que não poderia esticar
Vendo o escapar enquanto eu sentia
E retirava dele as minúcias
Que agora me inspiram
Para escrever
E para viver!