Que hora vira música? (versão II)
Pra ele a palavra da infância é “amor”
Pra ela é “medo”
Ele tem cabeça matemática
Ela pensa emaranhado
Ambos amam a música popular brasileira
Pra ele aquele lá é o melhor
Pra ela é esse aqui
Ela não acredita em purismo
Ele quer coerência
Ambos ouvem podcasts
Pra ele a deputada é boa
Pra ela a deputada é a coroa
Ele dorme fácil
Ela gosta de travesseiro
Ambos demoram no abraço
Pra ele a renda vem da tecnologia
Pra ela há lugar na alquimia
Ele tem solução
Ela tem dúvida
Ambos riem com tomate seco
Pra ela a poesia vem fácil
Pra ele tem poeta em todo canto
Ele lava louça
Ela inventa gastronomias
Ambos se descobrem
Pra ela tem pesquisa de si
Pra ele o acaso é quem decide
Ele esquece até a memória ram
Ela tem chatices
Eles se amam
Ela levou o lúdico
Ele achou grandioso
Ele tem o lúdico
Ela quer dar nome
Ambos se descobrem gente
Ele teve o Nicolau
Ela tem o pregador
Ele trabalha até tarde
Ela já foi formiga
Ambos fogem pela madrugada
Ela fica brava
Ele pergunta o motivo
Ela fala da cabeça exata
Agora é ele quem se chateia
Ambos sabem gingar na dança
Ele faz massagem
Ela tem o óleo
Pra ele é terapia
Pra ela é sacanagem
Ambos relaxam no toque
Ela fala em Ômega 3
Ele tem amor no pife
Ela arrisca as notas
Ele carnavalizou no Bloco
Ambos se ressabiaram
Ele achou estranho
Ela viu laboratório
Ele busca certeza
Ela bota na carência
Ambos tem história
Ela sempre tem chocolate
Ele apareceu com um
Ela prefere pergunta
Ele argumenta até suar
Ambos sabem degustar
Ele vive o presente
Ela busca o conteúdo
Pra ele o que vale é café sem açúcar
Pra ela valeu copiar
Ambos valoram o encontro