A Morte de Um Deus Qualquer(Em Novos Cantos em Mares Absolutos, página 1) (Poema 43)

1. A Morte de Um Deus Qualquer

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Nesta morte inócua e pérfida um deus qualquer

Aspirará ter um novo trono, não daremos a ele

Senão o mais terno esquecimento, não daremos

A ele nenhuma glória que um deus deseja.

Ele se moverá pelas estrelas perdido e confuso,

Seus altares serão meras sombras de lembranças

Que um deus ainda pode ter, nele todas as oferendas

Serão de puro abstrair e novas gotas de solidão farão

Parte daquela vida que ele agora terá, clamem aos

Céus que um deus qualquer morreu e jamais retornará

Ao Novo Mundo, seus ossos nós faremos uma montanha

Onde queimaremos incenso apenas a nós mesmos.

Nesta morte cruenta, eu cantarei louvores todas

As noites e jamais serei presa da melancolia por

Ver este deus quebrado, morto e sem vida.