As árvores balançam
É o vento
que é o tempo
que são segundos
que chegam enquanto passam
e chamamos de minutos, horas, dias
nuvens brancas em céus plácidos
e nuvens cinzas de tempestade
Ou onde quer que fosse
É o tempo
Tal como os olhos que olham para as árvores
E a pele que sente a gravidade
Com os pés
É o espaço que é o tempo
Que é o planeta em seus bilhões de anos
E vivemos tão pouco
Mas já sabemos o que é
Raspando, empurrando
Transformando
Sem nunca parar
Se é o prazer ou a dor
Se é fome ou saciedade
Se é você ou eu
Se não somos mais
É sempre o vento
Que balança as árvores
Que é o tempo
Que percebemos
Sentimos
Somos