Rio de lágrimas...

Não secam as lágrimas

No atalho do rio que segue

Tristeza, amargura, ingratidão

Chora no peito um coração

Um corpo que treme e que sofre

A tristeza das palavras mal ditas que o chicoteia

Tentando dar seu melhor chorando tateia

Nos olhos d'água um corte que sangra

Traz o mar vermelho no rosto pálido

Lábios trêmulos sorvem pingos cálidos

Lágrimas não secam se a dor continua

A chibata não descansa, também não cansa

Invisível fere sem dó

Lágrimas correm grossas sem esperança

Deita-se cansado esperando o lençol divino

fazer a rede e levá-lo num balanço silencioso ao infinito estelar sem distino

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Agradeço ao mestre poeta pela linda interação

Jacó Filho

Quando nossa dor impede,

As forças de reagirem,

A alma só se percebe,

Vendo lágrimas caírem...