MEU GRITO!

Onde estás que te procuro
deambulando no escuro,
pelos becos, pelas ruas,
onde não penetra a lua
com sua luz prateada
iluminando a estrada?!
Minha alma grita, chora,
por tua presença implora,
mas é vã minha agonia,
não importa se é dia,
ou se é noite, acaso, agora.
Eu te quero, desespero,
neste caminhar errante,
nesta mágoa incessante,
chamando por ti, não me escutas.
É uma dor enorme, bruta,
na verdade é uma luta,
que eu travo a sós comigo.
Não sei onde o inimigo,
se est'aqui, ou se está lá.
Eu pergunto onde é que está,
responde um eco vazio,
enquanto tremo de frio,
numa angústia desmedida,
gritando vida, vida - VIDA!