Soneto da introspecção

Soneto da introspecção

Há uma claridade que desenha uma imaculada silhueta

Na parede da intimidade está tatuada a alma do poeta

Sombras de ambiguidade de uma sede libertadora

Uma cumplicidade reflexiva com uma mente sonhadora

Manchas descoloridas onde os meus olhos descansam

Numa aparente inércia eles cansados dançam

Circulam desgovernados no pensamento sem medos

Ideais amordaçados de tecidos rasgados e segredos

A melodia no escuro é vaga e penetrante

Apuro os sentidos com uma magia clara e viciante

Deixo-me guiar pela luminosidade que emana de dentro

Uma chama suave incandescente dá aconchego e alimento

Um sorriso quente abre a alma com a luz da liberdade

Num sossego que seduz a minha própria interioridade

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 06/05/2023
Código do texto: T7781167
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