Plumas de amor
Plumas de amor
Voam plumas de uma ave solta em liberdade
Sem asas, suspensas no baloiço da eternidade
São pedaços de nuvens que oiço nos assobios dos ventos
Levados para espaços vazios com a leveza dos momentos
Elas são abraços da natureza que cansada as liberta
Andam por aí à mercê do momento em parte incerta
Tocam-me no corpo de tez perolada com a melodia do sentimento
Que se abre naturalmente na nudez do acolhimento
Cada pena que cai desliza no trajecto da pele sedosa
Uma rota de afecto numa linha imprecisa carinhosa
Ai quem me dera fosse a tua mão para mim tão preciosa
Nua e lenta com os dedos do coração de veia amorosa
Mas mesmo que seja tão simplesmente as cócegas de uma pena
Quando penso em ti elas aqui escrevem docemente o nosso poema
Luísa Rafael
Direitos de autor reservados
Porto, Portugal