AUTOIMERSÃO

O Silêncio me permeia quando,

sempre por um fio ,

e no tão estreito meio fio do cenário das insensatezes,

Perco o fio da meada.

Mas...é preciso, continuamente, se salvar.

Olho , sinto e desconecto o entendimento

quando a perplexidade me transborda.

No caos de fora, minha poesia é só mais uma andarilha em busca do de dentro;

e quando cede momentaneamente

é só mais um verso a rogar por um gole d'água.

Em meio às tantas semânticas ocultas,

saio de dentro de mim mas a mim volto correndo.

Porque é mister não se perder...do principal.

E é lá dentro, na autoimersão da existência,

que vago resfolegante

pelos sentidos poluídos de fora.

Rogo por um milagre interior.

Posto que sem direção

já não há onde ficar lá fora... tão distante de mim.

É impossível existir onde inexisto.