Um poema rouco brota da alma.

A in(lucidez) interior

despedaçando-se

em uma linha de palavras.

 

Minha essência,

desembrulhando-se

do pacote nunca aberto

E devolvido de um canto,

onde estava jogado,

às minhas mãos

entristecidas de dor...

 

Alguém percebeu,

sou talhada à sentimentos.

Mas, também carrego meus enigmas,

como outros levam suas contas,

seus prismas e cristais.

 

Por isso, digo:

se choro, são minhas e não tuas

as lágrimas que verto.

(Para sofrer tantas perguntas

e suas sem respostas

de nunca tempo

a uma simples flor ter).

 

Uma tônica perfeita

do caos imprevisível

que plaina olhar o nada

e se depara

com a maturidade

(In) comum (in) conquistada...